Sono...

Eu durmo pouco.
Deito-me sempre tarde e este ano como entro cedo, tem resultado numa média de quatro horas por noite. Excepto à quinta feira e ao fim de semana que como não há que ir para o trabalho (nesses dias tenho de trabalhar em casa), durmo até mais tarde e atinjo umas 7 ou 8 horas.
Ultimamente, durante o dia, dou por mim a dormir em frente ao computador ou quando chego a casa e sento no sofá depois do almoço.
Um dia desta semana, ao chegar a casa, antes da hora de jantar, fui trocar de roupa e ao tirar os sapatos sentei-me na cama e já não consegui levantar-me mais. Parecia que me tinham dado uma marretada na cabeça. Fazia força nos abdominais para elevar o tronco e nada! O cérebro enviava sinais ao braços para ajudarem a rebolar o corpo para fora da cama e eles não obedeciam. Encontrava-me numa posição precária. Parecia que me tinham dado uma marretada na cabeça. O tronco em cima da cama deitado de barriga para o ar e as pernas em arco com os pés no chão. Um deles nu e o outro com sapato e meia! Arrastei-me um pouco mais para cima e abandonei-me ao cuidado do criador. A luz acesa não incomodou minimamente. Parecia que me tinham dado uma marretada na cabeça. Fechei os olhos por um instante. Passado uns segundos lá voltei ao mundo. Arrastei, literalmente, os pés até à sala. O jogo do barcelona que estava nos primeiros minutos quando tinha saído da sala estava agora prestes a terminar. Para onde foi o tempo? Eu tive a dormir? Fui ao espelho. O espelho realmente não mente. Aqueles olhos não enganavam ninguém. Mais de uma hora ausente. Sem a mínima consciência do passar do tempo. Devo admitir que me soube bem.
Quando durmo, durmo mesmo. Não me lembro dos meus sonhos. Esses tenho-os quando estou acordado. Assim não me esqueço deles...
Antes dormir não fosse preciso. É uma perda de tempo. É, quase, a única coisa que não dá para conciliar com outras e fazer simultaneamente a outras duas ou três.